É brincando que se aprende!
A GRANDE ALIADA
NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM.
Por Anne Karoline Diniz.
Através do brincar o espelhar e o reconstruir
ativamente o universo de valores, hábitos e convenções em que está inserida
como membro de um grupo social particular, e cria regras, significados
compartilhados e outros recursos de comunicação característicos da interação
social e humana. Analiso a criança no
manifestar de seus desejos, sentimentos, criatividade e experiências.
Atividades lúdicas na alfabetização fortalecem
o aprendizado. A interação entre professores, escola, família e aluno despertam
a curiosidade e o prazer de aprender tornando a base do aprendizado sólida.
No método interacionista o professor está sempre
mediando as brincadeiras para extrair de forma consistente o aprendizado, sempre
respeitando o tempo de cada criança sem apressar o seu processo natural da
aprendizagem.
Desde o início da humanidade as brincadeiras,
brinquedos e jogos fazem parte do mundo das crianças.
O brinquedo é
utilizado na educação desde o período greco-romano. Aristóteles e Platão usavam
brinquedos para ensinar. Estes associavam-no ao prazer pelo estudo. Nos tempos
antigos doces e balas com formas de números e letras eram manuseados para o
ensino das crianças. Com a separação do pensamento romântico a brincadeira é
mais valorizada e alcança enorme importância na educação das pequenas crianças.
Pois se pensava que o ato de brincar era somente uma fuga.
Foi com os estudos
de Comenius, em (1593), Rousseau em (1712) e Pestalozzi em (1746) que ocorre
uma maior percepção da infância ao qual ampara as crianças e ajuda numa faixa
de idade a buscar reconhecimento social. Começa então a aparecer formas
particulares para educar. Quando a criança é tratada com afeto, carinho na sua
família cria-se um vínculo entre a brincadeira e a educação. Os jogos e a
educação são reconhecidos como meio importante na formação da criança. Isso foi
verificado à partir do século XVII, pois os pedagogos humanistas, médicos
iluministas, membros clérigos e anti-clérigos se preocuparam com a moral, com a
saúde e o bem comum, focando a infância um período onde valia a pena empregar
meios para a cura de todos os males sociais.
Voltado a um estudo do início do século XIX é
importante destacar que neste período a concepção de criança e brincadeiras
eram completamente diferente dos dias de hoje. Naquele tempo a ideia que se
tinha é de que a brincadeira era considerada vulgar, e tinha como única e
exclusivamente a função de distrair e servir de recreação.
A importância do
brincar desde a pré escola é de suma importância para aprendizagem dos alunos,
pois percebemos que as atividades lúdicas são imprescindíveis para o
desenvolvimento integral das crianças, pois é no processo da aprendizagem que
são disponibilizados recursos e objetos para realizar a construção do
conhecimento através do lúdico e cabe a cada profissional promover um ambiente
rico e verdadeiro para que possa mediar a aprendizagem, assim proporcionado que
as crianças aprendam com prazer, amor e desejo. As atividades lúdicas aumentam
a autonomia e promovem um desenvolvimento harmonioso e sadio para as crianças.
Oferecendo oportunidades de ser um adulto criativo, feliz e solidário.
Também é relevante
ressaltar que através do brincar que as informações obtidas são esclarecidas
através das experiências, para que tais compreendam a superar conflitos e lidar
com seus sentimentos. É através do brincar que a criança descobre seus limites,
interage, se socializa e supera as dificuldades com a experiência do erro e do
acerto.
Consciente da
importância do brincar no desenvolvimento cognitivo, motor e afetivo da criança
que ela assimila facilmente qualquer tipo de informação, quando é transmitida
de forma lúdica.
É importante que as escolas, profissionais da
área da educação e os pais estejam atentos e que privilegie a ludicidade e seja
um facilitador do processo de ensino aprendizagem.
Anne Karoline Diniz pedagoga (Universidade Paulista -
Unip), professora de Educação Infantil e Ensino Fundamental (Colégio Finke
–Guarulhos), pós-graduada em Neuropsicopedagogia (Faculdade São Braz) e
Psicopedagoga formada pelas Faculdades Integradas de Ciências Humanas, Saúde e
Educação de Guarulhos.
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